Estrada #2

Category : Diário

Olá amigos, após 9 dias de estadia em Boa Vista sigo em direção a Venezuela, então provavelmente ao vocês lerem esse post eu já estarei em solo Venezuelano a caminho do Monte Roraima, localizado no Parque Nacional Monte Roraima é o divisor e ponto de frontreira da Guiana, Venezuela e Brazil. Em nosso país é a décima maior formação rochosa brasileira, com 2.739,30 metros de altitude.

foto: necklace

O Roraima destaca-se por possuir características únicas. Estima-se que tenha se erguido há mais de 2 bilhões de anos, período em que nem sequer os continentes tinham se separado e adquirido a forma que possuem atualmente. Umas das peculiaridades que mais o diferenciam de quaisquer outros montes é o fato de se parecer com uma imensa “mesa”, ou seja, seu topo é plano (e possui cerca de 90 km de extensão). Além disso, escorrem do monte milhões de litros de águas formando várias cachoeiras; na Venezuela os índios a chamam de “mãe das águas”.

Lenda do Monte Roraima

A lenda do Monte Roraima surgiu na tribo dos índios Macuxi, que ali habitavam. Conta que antigamente não havia nenhuma elevação naquelas terras. Muitas tribos indígenas viviam naquela área plana e fértil onde a caça, a pesca e outros frutos eram abundantes. Porém, num dia, nasceu num local uma bananeira, uma árvore que nunca aparecera ali antes. tornou-se, rapidamente, viçosa e cheia de belos frutos, mas um recado divino foi dado aos pajés: “Ninguém poderia tocar nela ou em seus frutos, pois aquele era um ser sagrado; Se alguém o fizesse, inúmeras desgraças aconteceriam ao povo daquela terra. Todos obedeceram o aviso que lhes foi dado. Porém, ao amanhecer de um certo dia, a tribo percebeu que haviam cortado a árvore e, em instantes, a natureza revoltou-se. Trovões e relâmpagos rasgavam o céu deixando todos assustados. Os animais fugiam. E do centro da Terra surgiu o Monte Roraima, elevando-se imponente até o céu. Pessoas dizem que até hoje o monte “chora” pela violação no passado. ( fonte: wikipedia.org data: 10/08/2010)

A pedalada até o Monte pode acontecer até uma aldeia próxima a ele, e a partir dela é feita a pé, somando 3 dias até o cume. Para não forçar muito pedalarei até Santa Helena, que fica a aproximados 200 km de Boa Vista, sendo os últimos 50 km de forte subida, estou com medo de meu joelho voltar a doer, aqui em Boa Vista eu fui ao hospital público e, infelizmente, o atendimento foi péssimo e o médico recusou a minha solicitação de raio-x dizendo que não precisava, acabei indo em um médico particular, gastando R$ 130,00 nas radiografias e não pude terminar as consultas por falta de horário. Espero que tudo ocorra bem e o joelho fique sossegado, caso aconteça ficarei de repouso em Santa Helena alguns dias para recuperá-lo e dar continuidade a expedição ao Monte.

Estou muito animado por estar aqui, a tempos que vinha desejando chegar aqui e agora ele está do meu lado. Provavelmente ficarei uns 20 dias offline e até lá tentarei passar mais info através do twitter: http://twitter.com/pedaispelomundo/

Ciclo Abraços
Felippe César Santana

Natal – Fortaleza – Terceiro Dia

Category : Diário

 Relato do Dia:

12/11/2009 – Levantamos muito tarde e conseqüentemente saímos tarde. Era 7:15 quando demos a primeira pedalada, um caminho sobre pedras. A maré estava já enchendo esse horário e quando deu 9:00 já não dava mais pra pedalar pela areia. Nesse meio tempo passamos pela praia do Marco, que por sinal é maravilhosa, com piscinas naturais e água bem azulzinha.

Quando não dava mais pra pedalar, encontramos um pescador que nos explicou que a 1,5 km haveria uma estrada de chão batido, mas pra chegar nela teriamos que passar as dunas de areia. Bem, era o único jeito, senão ficariamos ali o dia todo. Só que carregar 60 kg na areia fofa, sobre dunas e debaixo de sol de 10:00h não é fácil. E pior é perceber que depois de andar quase 2,5 km ainda faltavam pelo menos 5 km, no que se podia enxergar, fora os outros que poderiam ter além das próximas dunas. Aquilo realmente desanimou geral e o jeito foi achar um caminho pra praia, montar acampamento e esperar a maré secar para se ter condições de pedalar. Esse trecho era composto com baías com as pontas de pedras, que com a maré cheia as ondas batiam nelas e impedia a passagem, principalmente com as bicicletas carregadas.

  

Ficamos das 11:00 as 15:00 na praia, fizemos uma sombra com a vela de uma jangada e alguns troncos largados por lá, fizemos almoço, Felippe foi ler e eu (Dan) dormir. Não aguentávamos mais esperar e percebemos que mesmo com a maré baixa não daria pra passar por umas pedras que tinha logo em frente. Então decidimos empurrar as bicicletas dunas acima pra passar por esse trecho e mais a frente vimos que novamente não daria pra passar, era preciso a maré baixar mais ainda. O jeito foi parar novamente, ler um livro e esperar. Logo que deu, subimos na bike e fomos embora, mas já estava escurecendo e não foi possível pedalar por muito tempo, esse trecho também havia muitas pedras e era perigoso o trajeto, fora o desgaste gigante do dia de ter que carregar as bicicletas por alguns quilômetros sobre dunas.

Quando escureceu de vez, chegamos em Caiçara do Norte. Foi um alívio chegar e sem perder tempo fomos no mercado para comprar suprimentos, já estávamos quase sem água e praticamente nada de comida, somente goiabada, que foi o prato do dia todo. Logo depois de reabastecidos fomos indicados pra ficar na pousada Paraiso Florido, que já tinhamos visto pela praia, pois é beira mar.

Pousada Paraíso Florido

Fomos muito bem recebidos por Gustavo e Benalva na pousada Paraíso Florido. A pousada tem estrutura realmente muito boa, os quartos são realmente muito grandes, na verdade são dois ambientes com direito a copa com armários, balcão, pia, mesa e cadeiras. A área exterior é espaçosa também com mesas e cadeiras, pontos de rede, árvores e grama por todo lado. Também tem uma área mais em baixo junto a praia que é de lazer, com churrasqueira e mesas. Pode-se optar por café da manhã ou não e tem estacionamento bem grande.

Endereço: Rua da Praia 1 – Praia do Farol – São Bento do Norte
Telefone: (84) 9193-3239

Conversamos com eles um pouco, depois eu (Dan) fui escrever os textos do blog e trabalhar um pouco, já que lá funcionava internet e depois dormir.

Algumas fotos abaixo e muito mais no álbum do terceiro dia de viagem Natal – Fortaleza.

Veja o roteiro completo no google maps.